Desde a sua construção, a Comunidade Sarnelli, fundada pelo Padre Patrick, contou com o apoio da Plaenge.

Não há como falar da recuperação de jovens em situação de risco em Curitiba e região nas últimas décadas sem mencionar o trabalho do Padre Patrick McGillicudy. Fundador da Comunidade Beato Sarnelli, em Campina Grande do Sul (RMC), ele resgatou centenas de jovens das ruas, oferecendo-lhes oportunidades de estudo e trabalho. O redentorista irlandês faleceu em maio deste ano, deixando um legado impressionante de transformação e cuidado.

Com a morte do padre, o futuro da sede que está localizada em um terreno de 36 mil m², que abriga salas de aula, dormitórios, cozinha, refeitórios, capela, laboratório, biblioteca, bosque, quadra esportiva e até piscina não está comprometido, mas ganha um novo capítulo.

Agora quem está responsável pelo local é o irmão Sérgio Silva, amigo e discípulo do padre desde 1992. Ele esteve ao lado do religioso desde que a Comunidade Sarnelli era apenas um sonho e participou ativamente da inauguração do espaço, em 2004.

“As obras começaram em julho de 2003 e inauguramos a comunidade em janeiro em 2004. Foi tudo muito rápido graças às parcerias que tivemos, como a da Plaenge, que doou os projetos arquitetônicos, estruturais e de instalações para o local e ainda fez a doação dos trabalhos de gerenciamento para a construção”, conta.

A inauguração fez com que os jovens que já eram atendidos pelo Padre Patrick e pelo irmão Sérgio pudessem ter um local com muita estrutura para deixar as ruas, os vícios e começar uma nova vida.

Desde então, mais de 1 mil jovens já passaram pela comunidade. Lá eles têm acessos a estudo, moradia, alimentação e lazer.

Alimento para o corpo e para alma

A rotina, conta irmão Sérgio, começa cedo. Às 7h, quando eles acordam, arrumam as camas e seguem para o café da manhã. Logo depois, as aulas já começam, cada um em sua série. “Quando os jovens chegam aqui, fazemos um teste de nivelamento para ver em qual série eles se encaixam e aí eles começam os estudos daquele ponto”.

As aulas são presenciais, mas as aplicações dos testes são à distância, na modalidade de Educação de Jovens Adultos (EJA). Ao concluírem o ensino básico e fundamental, ainda há outras oportunidades. Em um convênio com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), os jovens da Comunidade Sarnelli ganham bolsa integral ao passarem no vestibular.

“Mais de 300 alunos que passaram pela comunidade já se formaram no Ensino Superior”, comemora o irmão Sérgio. Ele ressalta que, mais do que oferecer novas oportunidades de estudo e carreira, a comunidade oferece uma nova possibilidade de estilo de vida.

“Muitos jovens chegam sem gostar de estudar, mas nós incentivamos a leitura e o pensamento crítico, seguindo a ideologia do Padre Patrick. Por exemplo, antes de dormir, o padre assistia jornais televisivos, e esse hábito foi adotado pelos jovens desde a fundação da comunidade. Estar informado sobre o que acontece no mundo faz parte da nossa rotina educacional”, conta.

A Comunidade Sarnelli já abrigou até dezenas de jovens simultaneamente. Atualmente sete jovens residem no local, mas o espaço tem capacidade para acolher 70 pessoas. Sete professores, além de uma cozinheira e auxiliares, trabalham na comunidade. A limpeza dos cômodos é realizada pelos próprios jovens como parte da rotina da casa.

Apoio

Para continuar o trabalho iniciado pelo Padre Patrick há 20 anos, a Comunidade Sarnelli conta com doações de instituições privadas, mas toda ajuda é bem-vinda, conforme ressalta irmão Sergio.

A Plaenge, por exemplo, não encerrou a colaboração na doação dos projetos estruturais e mão de obra para a construção do espaço. Mensalmente, nas últimas duas décadas, a construtora arrecada produtos de limpeza entre seus colaboradores e faz mais um aporte para garantir a doação de diversos produtos para a comunidade.

“Temos como filosofia sempre atuar de uma forma colaborativa e construtiva com a sociedade nas cidades onde a gente atua. Realizar esse tipo de apoio é muito relevante para nós”, diz o diretor Geral da Plaenge Fernando Fabian. A Comunidade Sarnelli foi escolhida pela construtora pela sinergia com a proposta de transformar vidas e realizar sonhos.

De estagiária a coordenadora de Projetos Técnicos, a arquiteta e urbanista Priscilla Nienov (38) lidera uma das áreas mais estratégicas da Plaenge

Segundo relatório de profissionais do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), o número de profissionais cadastrados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR) ultrapassa os 65 mil. O que impressiona é que, deste número, pouco mais de 12 mil profissionais são mulheres, uma diferença significativa que ajuda a entender a falta de representatividade feminina nos canteiros de obras espalhados pelo Estado. A boa notícia é que algumas empresas do ramo estão ajudando a transformar este cenário, fazendo do mercado de construção civil um mercado mais inclusivo, igualitário e diverso.

Este é o caso da Plaenge, que em mais de cinco décadas de história tem como suas principais premissas de gestão de pessoas a valorização do conhecimento técnico, a proatividade e o trabalho em equipe, tornando a empresa um ambiente acolhedor e um terreno fértil para o ingresso e crescimento de muitas mulheres neste mercado.

“Buscamos também explorar toda a capacidade de gestão feminina dentro dos escritórios e, hoje, temos 73 mulheres em cargos de assessoria, gerência, coordenação e supervisão. A tendência é que este número cresça organicamente junto com a empresa e com os novos projetos que virão e que serão, mais uma vez, encabeçados por elas. Somos uma empresa de construtoras”, declara Fernando Fabian, diretor regional da Plaenge em Curitiba.

Uma das profissionais que fazem parte da história da Plaenge é Priscilla Nienov, de 38 anos. Atualmente, ela é coordenadora de Projetos Técnicos e lidera uma equipe de nove pessoas. Priscilla começou como estagiária na empresa, em 2006, e em 16 anos de carreira passou por diversos cargos, sendo responsável por empreendimentos memoráveis e desafiadores em Curitiba, como o edifício Acquarelle, que teve suas três torres e seus 88 apartamentos construídos simultaneamente e representou um grande amadurecimento para sua carreira.

“Para mim, o grande segredo do sucesso é ser sincero e verdadeiro. Se não souber tudo que está sendo pedido, é preciso ir atrás e perguntar e não descansar até chegar no resultado. Várias vezes o Mestre de Obras, que tinha muito mais experiência em campo do que eu, perguntava o que fazer e, por estar no início da carreira, eu ainda não sabia, mas sempre buscava aprender e trazer a solução. Com isso, conquistei além do conhecimento, o respeito de quem trabalhava comigo”, comemora.

Consciente de que o conhecimento é fator primordial para a permanência e para a construção da uma carreira dentro da empresa, a Plaenge investe pesado em treinamentos, desde normas técnicas e novas tecnologias para obras a cursos de desenvolvimento pessoal, formação de lideranças e upgrade de soft skills. Na pandemia, estes treinamentos se intensificaram e, desde 2020, cerca de 2.816 capacitações já foram realizadas em todo o Brasil, já que a construtora está presente nos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Chile.